"Anormal é termos eleições a cada seis meses, numa espiral de instabilidade que não se sabe onde vai parar".

O presidente da Assembleia Regional aproveitou a sessão solene comemorativa do 25 de novembro de 1975 para falar sobre o momento político da Madeira e apelarva um entendimento parlamentar à volta do futuro da Região.
Depois de dizer que "se o 25 de Abril marcou o fim de uma ditadura de extrema-direita, o 25 de Novembro representou o fim da tentativa de impor uma ditadura comunista em Portugal", José Manuel Rodrigues lembrou que "nunca se viveram dias tão turbulentos no sistema político regional, com consequências sociais e económicas ainda por avaliar.
É verdade que diversos agentes políticos e governamentais estão sujeitos a investigações judiciais, mas isso não deve impedir o normal funcionamento das nossas instituições democráticas e autonómicas.
Não é normal uma Democracia onde os Órgãos de Governo próprio não cumprem as
legislaturas de quatro anos, mas muito mais anormal é termos eleições a cada seis meses, numa espiral de instabilidade que não se sabe onde vai parar, mas que tem efeitos negativos na vida das famílias e das empresas.
Corremos o risco de ter três eleições para esta Assembleia Legislativa no espaço de 500
dias.
As últimas fazem amanhã seis meses!
Será esta situação aceitável pelos cidadãos, que diariamente se confrontam com falta de
rendimentos e com um custo de vida elevado e que aspiram a que trabalhemos para resolver os seus problemas?
Será que os cidadãos compreendem que se deixe a Madeira e o Porto Santo sem
Orçamento para o próximo ano, quando este ano vivemos sete meses em duodécimos,
prejudicando a tomada de medidas essenciais à sua vida?
Será que os mesmos cidadãos percebem esta interminável instabilidade política e este
confronto violento, esta crispação desmedida entre partidos e agentes políticos, que estão a corroer os alicerces da nossa Democracia e da nossa Autonomia"?
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