Miguel Albuquerque concorda que uma greve a uma semana das eleições poderia ser entendida como manipulação eleitoral.
Os trabalhadores da Administração Pública estão em greve em quase todo o País. Menos na Madeira, onde o Sindicato da Função Pública, liderado pelo advogado Ricardo Frade Gouveia, decidiu evitar a paralisação com o argumento que a Região tem um governo de gestão e, por isso, não se justifica parar sem haver negociações, o que acontecerá com o novo Governo. Uma decisão que a oposição classifica como manobra da estrutura Sindical para, em período eleitoral, favorecer o Governo e o partido que suporta esse mesmo Governo, o PSD. Miguel Albuquerque concorda com o Sindicato.
Segundo revela o Diário, Ricardo Frade Gouveia diz não ser o "momento conveniente" depois de ter apelado à mobilização e de ter anunciado greve para a Madeira. Recuou, portanto, o que foi entendido, por muitos trabalhadores e pela oposição política, como uma atitude que visou favorecer o PSD, sendo que algumas "fontes" referem a circunstância do presidente sindicalista ter ligações muito próximas ao Governo, é advogado da GESBA auderindo avenças substanciais pelos serviços, situação que não representando ilegalidade na prestação de serviços jurídicos, provoca algumas interpretações relativamente ao grau de transparência e independência nas decisões do presidente do sindicato.
Miguel Albuquerque disse hoje que essa decisão faz sentido "uma vez que sendo um governo de gestão, não podemos tomar um conjunto de decisões no quadro das remunerações e da carreira da Administração Pública. Além de ser de bom senso, uma vez que uma greve a uma semana das eleições poderia ser entendida como manipulação eleitoral".
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