Apesar de continuar arguido, Miguel Albuquerque "inspirou-se" na libertação de Calado para ir a votos "com condições políticas".

Miguel Albuquerque, já se sabia, queria continuar apesar de ser arguido num processo em que há suspeitas de corrupção. Demitiu-se por não ter condições políticas, e apesar de ainda nem ter sido ouvido, diz-se agora com condições porque Pedro Calado foi libertado e houve a posição do juiz de instrução a considerar não haver indícios de crime. Albuquerque surge como se esta fase processual fosse uma absolvição. "Nunca fui comprado por ningue", reagiu.
Por isso, mudou de opinião e diz, neste momento, que é recandidato à liderança do PSD Madeira nas eleições internas marcadas para 23 de março. E se ganhar, se for candidato único ou não, será ele o pretendente a presidente do Governo se houver eleições regionais antecipadas como se prevê.
Depois da Comissão Política, Albuquerque surgiu com um discurso com laivos de irritação, em vários momentos, e disse que, apesar de arguido, acha que tem condições políticas para manter funções. Vai responder às instâncias judiciais e diz que as circunstâncias, neste momento, mudaram pelo facto dos três detidos terem sido libertados, embora admitindo que o processo não está fechado.
Relativamente às eventuais contestações internas, disse que essa clarificação compete aos órgãos do partido e aos militantes. "Não tenho medo de ir a eleições".
Vejamos o calendário da nova fase do PSD-M:
21 de fevereiro: Conselho Regional para aprovar regulamento do Congresso.
Até 29 de fevereiro entrega das listas de candidatura e moções
21 de março: eleições diretas
20 e 21 de abril Congresso Regional.
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