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Pe. Martins: Porto Santo não partilha das "reservas" de Albuquerque

  • Foto do escritor: Henrique Correia
    Henrique Correia
  • há 16 horas
  • 2 min de leitura


Voto de pesar na ilha dourada "governada" pelo PSD de Miguel Albuquerque: "José Martins Júnior ficou conhecido pelo seu compromisso, humanismo e defesa da justiça social".




Condolências à família foi o máximo que se ouviu de Miguel Albuquerque relativamente à morte do padre Martins Júnior, uma figura incontornável da vida política e religiosa da Madeira, naturalmente com defeitos e virtudes, com erros e defesas assertivas, com momentos infelizes como tantos outros de defesa intransigente daquilo que, à época, lhe parecia o mais justo: o povo.

As diferenças, em política, são normais. E não é por isso que os políticos deixam de reconhecer a importância dessas diferenças no contexto da vida democrática madeirense.

O padre Martins teve vida, teve persistência, teve méritos e teve excessos. A conjuntura, na época da ação política ativa, do poder, era musculada e, por isso, o musculado era a forma que o padre da Ribeira Seca encontrou para enfrentar a ação do poder político de maioria absoluta, de Jardim, e de uma certa forma de estar das cúpulas da Igreja Católica relativamente ao Governo, ainda hoje um pouco visível, mas naquele tempo era avassaladora essa articulação.

Quem não partilha das reservas de Miguel Albuquerque nem poupa nas palavras como o líder do PSD-M e do Governo é o presidente da Câmara do Porto Santo, o social democrata Nuno Batista, assinando uma publicação onde Martins Júnior é alvo de elogios, também por ter sido pároco na ilha dourada. E os elogios não foram poucos.

Vejamos para memória: presente e futura:

"José Martins Júnior ficou conhecido pelo seu compromisso, humanismo e defesa da justiça social, sendo uma referência na vida religiosa, cívica e política da Madeira e do Porto Santo. A sua memória permanecerá viva nas comunidades que serviu, pelo exemplo de entrega, de fé e de trabalho pelo bem comum. De referir o apreço deste município por este homem, que foi um dos principais responsáveis pela fundação do Grupo de Folclore do Porto Santo, no dia 01 de novembro 1963, com o objetivo de preservar e divulgar a cultura porto-santense, através das suas danças e cantares".

Pois bem, "uma referência na vida religiosa, cívica e política da Madeira e do Porto Santo", assim com esta clareza de posicionamento, devia ter merecido, por parte do Governo, algo mais do que simples condolências.

Mais de cinquenta anos depois do 25 de Abril, ainda há algumas reservas sobre o exercício, sem reservas, da Democracia. Ao longo da História da Autonomia, sem donos, é possível encontrar excessos dos protagonistas, de todos os protagonistas de todos os partidos. Estariam todos, hoje, sob reserva.


 
 
 

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