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Foto do escritorHenrique Correia

Trabalho de madeirense "dá-se" a conhecer 200 anos depois no Brasil



“Este é um episódio digno de registo para a história de Santa Catarina e, particularmente, para os primórdios da colonização da ilha de Florianópolis".





A secretaria regional da Economia deu conta que na sequência dos contactos que o secretário regional Rui Barreto desenvolveu, à margem da FINBRASIL – 2023, evento que esteve a decorrer em Florianópolis, no Estado de Santa Catarina, registou a história de um madeirense, António José Freitas Noronha, cujo trabalho, realizado no século XVIII, só agora foi conhecido, mais de 200 depois.

Conforme referiu o secretário regional da Economia, “este é um episódio digno de registo para a história de Santa Catarina e, particularmente, para os primórdios da colonização da ilha de Florianópolis, para a qual contribuíram muitos açorianos, mas também madeirenses que, tal como António José Freitas Noronha, deixaram um importante legado”.

O trabalho de António José Freitas Noronha, segundo a mesma nota, é dado a conhecer na obra ‘História Natural da Ilha de Santa Catarina’, um livro publicado em 2017 da autoria de Marli Cristina Scomazzon, Jeff Franco e Daniel de Barcellos Falkenberg.

O livro, tal como refere Rui Barreto, revela que António José de Freitas Noronha terá chegado à Vila de Nossa Senhora do Desterro da Ilha de Santa Catarina (hoje Florianópolis), aos sete anos de idade, em 1751. O ilustre madeirense, que foi Capitão do Regimento de Linha, já com 50 anos, terá recebido a ordem do então Governador para elaborar um estudo sobre a flora indígena, numa altura em que, segundo os autores da obra, o estudo da botânica dava os primeiros passos no Brasil.

Desse levantamento realizado por António José Freitas Noronha, foram recolhidas várias informações sobre diferentes plantas frutíferas existentes em Florianópolis, algumas das quais já estarão dadas como extintas, bem como um conjunto de dados e anotações que foram ilustrados com perto de 40 aguarelas e informação complementar.

Esta obra, segundo Rui Barreto, “tem o condão de trazer à ‘luz do dia’ a competência e a informação produzida, há mais de 200 anos, por um madeirense, contribuindo para o conhecimento da ciência e da botânica deste grande país que é o Brasil”.

Rui Barreto, que esteve a participar numa Missão promovida pelo IDE e apoiada com fundos comunitários, através do FEDER, destinados à internacionalização da economia regional, diz que “esta dimensão científica e artística da obra, agora publicada, comprova a universalidade e a presença da cultura madeirense e reforça os fortes laços entre Portugal e o Brasil, aproximando os povos nas mais diversas áreas e domínios”.

São estes laços que, de resto, tal como aponta o secretário regional da Economia, “serão também relembrados, este mês de abril, com a deslocação do Presidente da República do Brasil, Lula da Silva, a Portugal, a propósito das

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