Grupo Parlamentar regozija-se com a boa vontade do PSD que além de contemplar 80% do programa eleitoral dos centristas, ainda dá mais cinco nesta nova versão. O que valem dois deputados.
Podia ser extraído do album de Zeca Afonso "Venham mais cinco". Podíamos até rebuscar uma passagem com "A gente ajuda; Havemos de ser mais eu bem sei; Mas há quem queira Deitar abaixo o que eu levantei". Mas não, não é, é mesmo o CDS a regozijar-se com mais cinco propostas suas contempladas no Programa de Governo. Além de 80% do seu programa eleitoral na primeira fase de negociações e da liderança da Assembleia Regional, o principal órgão da Autonomia. O PSD de Albuquerque está um "mãos largas", eternamente agradecido com mais dois deputados centristas que não dão 24 mas dão 21, pode dar para a maioria simples se CHEGA, IL e PAN optarem pela abstenção. Nada garantido, mas 21 é melhor do que 19, o número de deputados do PSD, pensou Albuquerque. Mesmo insuficiente para os 24.
Mas vem isto a propósito de uma nota hoje emitida pelo CDS, pelo grupo parlamentar, onde é referida essa nova "conquista". Mais cinco propostas e um momento ímpar. Nem quando o CDS estava no Governo conseguiu tanto, pensa o CDS, pensam também alguns do PSD.
Os centristas, pela mão da deputada Sara Madalena, regozijam-se "por ver integradas na nova versão do Programa de Governo que irá a discussão plenária amanhã, dia 4 de julho, além das que já constavam da 1ª versão, as negociações levadas a efeito pela representação do partido com o executivo, desembocaram na inserção de mais cinco que, a se concretizarem, determinarão melhor qualidade de vida aos madeirenses, condições para a sua fixação na sua terra, nomeadamente por via de melhores salários, que compensem o investimento na formação académica, na aquisição de casa própria em condições justas e na colaboração com os mais necessitados, mormente no que concerne à aquisição de medicamentos".
E parecendo que as propostas "caíram do céu", de surpresa, citaram o Diário como se o matutino fosse a "fonte da novidade", como se calhar foi.
Ficam, para "memória futura", as cinco propostas do CDS na nova versão do Programa de Governo. "Venham mais cinco". Não é para menos:
1-Diligenciar junto da Assembleia da República e do Governo da República no sentido de que se tente implementar uma majoração de 25% na isenção de IMT e do Imposto do Selo aplicável na compra da primeira habitação própria permanente, por jovens até aos 35 anos.
2-Promover a participação da Região Autónoma da Madeira na Agenda Anticorrupção definida a nível nacional, assegurando os meios e procedimentos necessários.
3-Estudo de mecanismos que facilitem a aquisição, pelos empresários dos diversos sectores, de produtos madeirenses que usem a marca “Produto da Madeira”.
4-Dar continuidade aos apoios dirigidos à população mais vulnerável, nomeadamente a atribuição de subsídios eventuais a pessoas em situação de carência, a atribuição de ajudas técnicas e ainda reforçar a atribuição de apoios à aquisição de medicamentos, estudando-se a oportunidade de criação de um complemento regional para a aquisição de medicamentos.
5-Procurar ao nível da concertação social, a fixação de um salário mínimo para jovens licenciados.
Sara Madalena, líder do grupo parlamentar do CDS PP, anseia que se ponham de lado as politiquices e se aproveite o momento histórico que possibilita a inserção no Programa de Governo de propostas de todos os partidos, na prossecução daquilo que é o melhor para a população madeirense.
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